Chuvas no RS e reforma tributária: veja o que esperar do preço da cesta básica nos próximos meses

  • 16/05/2024
(Foto: Reprodução)
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP indica que apesar do ano ter comedo com estabilidade de preços, primeiras mudanças começaram a aparecer em março e devem se intensificar com tragédia climática no Sul do país. supermercado, compras, mercado, economia Cris Faga/Estadão Conteúdo O ano começou com uma certa estabilidade: nos dois primeiros meses, houve pouca variação de preço dos alimentos que compõem a cesta básica. Mas os últimos dados já indicam uma mudança, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq-USP: em março, a alimentação cresceu 2,5%, e as questões climáticas devem trazer reflexos para a região de Piracicaba nos próximos meses. "A gente tem uma expectativa de que possa haver um impacto por conta dessa catástrofe infeliz que a gente teve no Sul, porque ele tem uma participação relevante na produção de alguns alimentos", explica Carlos Vian, professor e pesquisador do Departamento de Economia, Administração e Sociologia, e delegado municipal adjunto do Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (Corecon), em Campinas. 📲Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Mas não são apenas os alimentos produzidos no Sul que devem ser impactados. A região do Rio Grande do Sul também é uma importante rota logística, ou seja, vários produtos passam por ali para chegar até o interior de São Paulo e outras regiões de todo o Brasil. 🛣️ 🤔 Que alimentos são esses? Segundo o professor, há expectativa de aumento no preço principalmente do arroz, cebola e batata. "Não dá pra dizer de quanto ainda, mas a expectativa é de que tenha um aumento no preço da cesta nos próximos meses", afirma. LEIA TAMBÉM Temporais no RS podem interferir na produção de arroz, alertam produtores; 'Incerteza na safra', diz pesquisa da Esalq-USP Entenda como onda de calor pode gerar prejuízos e benefícios para cana-de-açúcar no interior de SP Ruas alagadas do bairro Matias Velho, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira, 16 de maio de 2024 MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO 🍖 Impacto indireto nas carnes O professor da Esalq-USP explica que o Sul também tem um papel importante na produção de soja. Embora o produto não entre diretamente na cesta básica, ele é matéria-prima para fazer a ração de animais. 👉 Ou seja: o custo para produzir carne de frango, suína e até mesmo bovina pode aumentar, e isso reflete no preço final nas prateleiras dos açougues e supermercados. Outro possível impacto é na produção de leite, concentrada principalmente no sul de Santa Catarina. 🥛"Deve acertar algumas cadeias produtivas. Por mais que a gente tenha produção em outras regiões, mas no geral é uma região que tem uma participação relevante", explica Vian. Fora da cesta básica, alguns itens que podem ter aumento de preço são suco de uva e vinhos. 🍇🍷 🌦️ Crise climática Nos últimos anos, eventos climáticos tem afetado a produção de alimentos mais frequentemente. Qualquer tipo de mudança tem potencial de impactar bastante a agricultura. 👉 Os exemplos são vários, segundo o professor da Esalq-USP: já houve invernos mais rigorosos com geadas que afetaram os preços do café; chuva excessiva na Bahia que afetaram os preços de frutas e até mesmo em São Paulo, no Vale do Ribeira, houve prejuízo na produção de banana. A seca também é outro fator que impactar os alimentos. "O clima tem sido assim nos últimos anos. Não gosto muito de usar a palavra, mas em falta de uma melhor, ele tem sido um 'vilão', entre aspas, da cesta básica", afirma o professor Vian. 🌡️ Com a ebulição global, a tendência é que os eventos climáticos extremos, como a catástrofe que assola o Rio Grande do Sul, sejam cada vez mais frequentes. Os pesquisadores buscam respostas tanto na ciência quanto na história; analisando dados passados. "Esses dias um colega nosso da Esalq que trabalha com agrometeorologia estava mostrando alguns dados que evidenciam que existiram já enchentes grandes lá no Sul em décadas anteriores que coincidiam com momentos de uma temperatura um pouco mais alta para o outono em São Paulo. Então acho que a gente precisa estudar um pouco mais os dados que a gente teve no passado para tentar entender um pouco porque esses eventos ocorrem", explica o professor. E os impostos? 💸 O governo discute a reforma tributária aprovada no Senado e seus possíveis impactos na produção de alimentos no Brasil. As propostas giram em torno da definição de uma Cesta Básica Nacional de Alimentos, com imposto zero na venda de produtos que fizerem parte dela e também da criação de uma "cesta estendida", com outros alimentos que poderiam ter alíquota mais baixa também nas prateleira. 🤔 O que é a cesta básica? A cesta básica, por definição, pressupõe um conjunto mínimo de bens que deveria conter para atender às necessidades de uma família. No entanto, a lista de itens muda de estado para estado. Veja mais sobre o tema e o que pode mudar com a reforça tributária aqui. LEIA TAMBÉM Cesta básica: entenda o que dizem as leis sobre o tema e o que pode mudar com a reforma tributária Cesta básica com isenção e impostos mais baixos: os pontos da reforma tributária ligados à produção de alimentos no Brasil Reforma tributária: governo detalha propostas para cesta básica, 'cashback' e 'imposto do pecado' Reforma tributária: governo propõe que cesta básica, com isenção de impostos, tenha menos produtos Cesta Básica Economia´Carrinho de Compras Supermercado JG Reprodução: TV Globo A ideia de uma cesta básica nacional recebe críticas do setor e divide economistas. O professor Vian vê a possibilidade de mudança com cautela, mas com bons olhos. Dependendo do produto e do estado onde ele foi produzido, o imposto sobre o alimento pode representar até 30% do seu preço. 📈 "Se você isentar o importo do preço da carne, por exemplo, praticamente todo mundo consome carne. Então, é um benefício geral para a população como um todo, independente do nível de renda. Então, vejo como algo positivo, que vai ajudar a maioria das pessoas", explica. ⚠️ No entanto, a isenção, por si só, não garante preços mais acessíveis no futuro. "Difícil a gente falar hoje como os preços vão estar lá na frente, até por conta dessas questões climáticas. Talvez a gente tenha um patamar de preço diferenciado. Mas a isenção seria algo bem-vindo, porque desta forma a maioria das famílias não são penalizadas", afirma. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

FONTE: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2024/05/16/chuvas-no-rs-e-reforma-tributaria-veja-o-que-esperar-do-preco-da-cesta-basica-nos-proximos-meses.ghtml


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