Lutador da Seleção Brasileira de Taekwondo diz que foi agredido e sofreu injúria racial por estar com mulher branca em SP
15/05/2024
O autor do crime foi contido por pessoas que presenciaram a briga e, posteriormente, foi preso em flagrante por guardas civis. O caso ocorreu na estação São Caetano da CPTM, na Grande SP. Lutador da Seleção Brasileira Gabriel Campolina Santos é agredido por homem branco em estação
Reprodução/Redes sociais
O lutador da Seleção Brasileira de Taekwondo, Gabriel Campolina Santos, conhecido como "Mussun", diz que foi agredido e sofreu injúria racial por estar acompanhado de uma mulher branca na estação São Caetano do Sul, da linha 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na Grande São Paulo, nesta terça-feira (14).
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o atleta, de 23 anos, estava sentado com a sua companheira em frente à estação de trem, quando um homem branco o agrediu e passou a ofendê-lo com termos racistas. O caso ocorreu por volta das 23h.
A vítima reagiu e, em seguida, o autor foi contido por pessoas que presenciaram a briga. Um vídeo que circula nas redes sociais flagrou o momento em que o lutador e passageiros confrontam o homem sobre a atitude racista próximo à catraca (veja as imagens abaixo).
Homem é contido após ofender lutador da seleção brasileira com termos racistas
O autor de 20 anos foi preso em flagrante e levado à Delegacia de São Caetano do Sul por guardas municipais. O caso foi registrado como lesão corporal e injúria racial, informou a SSP.
Procurada, a CPTM alegou que o ato ocorreu fora da área administrada por eles e não quis comentar o caso.
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Nas redes sociais, o atleta agradeceu o apoio dos seguidores. "Eu estou bem. Não sofri nenhuma lesão. Apenas me defendi dos golpes que esse indivíduo tentou acertar em mim. Eu estou bem, estava com uma companheira de treino, esperando meus companheiros de treino no metrô. E eu nunca vi isso na minha vida", desabafou.
A Confederação Brasileira de Taekwondo também publicou uma nota em repúdio ao episódio. "A discriminação racial não só fere a dignidade humana, mas também vai contra os valores de justiça e igualdade que buscamos promover em nossa comunidade. Repudiamos veementemente qualquer forma de preconceito, seja ele racial, étnico, religioso ou de qualquer outra natureza".
"Expressamos nossa solidariedade ao atleta Gabriel Campolina dos Santos e reiteramos nosso compromisso em combater ativamente o racismo e todas as formas de discriminação. É dever de todos nós lutar por uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos possam viver livremente, sem medo de serem alvo de ódio e intolerância. Devemos agir firmemente para garantir que casos como este não se repitam, e que os culpados sejam responsabilizados conforme a lei", afirma a nota.