Após 3 anos e dois adiamentos, ex-PM que baleou e matou campeão de jiu-jítsu Leandro Lo vai a júri

  • 12/11/2025
(Foto: Reprodução)
O policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, preso por ter matado o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, em agosto de 2022. Reprodução/Instagram Após 3 anos e dois adiamentos, o policial militar Henrique Velozo começa a ser julgado nesta quarta-feira (12) em São Paulo pelo assassinato do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo. O tenente da Polícia Militar (PM) está preso preventivamente, acusado pelo Ministério Público (MP) de balear e matar o lutador após discussão e briga numa balada na Zona Sul. O crime ocorreu em 7 de agosto de 2022, durante show de pagode do grupo Pixote no Clube Sírio. O policial estava de folga e sem uniforme. O julgamento está marcado para começar às 10h no plenário 6 do Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste. A previsão do Tribunal de Justiça (TJ) é de que o júri popular termine até sexta (14). Serão ouvidas nove testemunhas, entre aquelas da acusação e da defesa. Depois ocorrerá o interrogatório do réu e os debates entre os promotores do MP e assistentes da acusação e os advogados de Henrique. Sete jurados votarão em seguida para decidir se o acusado deverá ser condenado ou absolvido. A sentença será dada pela juíza Fernanda Jacomini, da 1ª Vara do Júri. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Dois adiamentos Saiba quem é o lutador Leandro Lo, baleado na cabeça após discussão em SP O julgamento do PM deveria ter ocorrido em maio de 2025, mas foi adiado pela Justiça antes mesmo de começar sob a alegação de que a defesa do réu sofreu cerceamento no processo. Remarcado para agosto, o júri foi suspenso novamente por decisão judicial, dessa vez após um bate-boca entre o Ministério Público (MP) e advogados do acusado. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Henrique está preso preventivamente no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte, "à disposição do poder judiciário". Ele será julgado por homicídio doloso (intencional) triplamente qualificado por motivo torpe, perigo comum (ter colocado outras pessoas em risco) e recurso que dificultou a defesa da vítima. A expectativa da Promotoria é que o PM seja condenado a pelo menos 20 anos de prisão, em razão das três qualificadoras do crime. Conforme a acusação, Henrique quis atirar na cabeça da vítima, que chegou a ser socorrida e levada para um hospital, onde morreu. O lutador tinha 33 anos. O policial fugiu e foi preso depois. Ele tem 33 anos atualmente. O que diz a defesa O advogado Claudio Dalledone Júnior, que defende Henrique, falou ao g1 que seu cliente atirou para se defender após ser ameaçado por Leandro e os amigos do lutador. "Naquele dia foi provocado, atacado e reagiu. Ele não executou ninguém", disse o advogado, que busca a absolvição do PM. Apesar de o Sírio ter câmeras de segurança, nenhuma delas gravou o crime. Vídeo de IA Família de Leandro Lo usa IA para simular como policial militar matou lutador em SP Os advogados contratados pela família do lutador atuarão como assistentes da acusação. Eles querem mostrar aos jurados um vídeo feito por Inteligência Artificial (IA) com a versão deles para o que pode ter ocorrido. O vídeo da IA mostra Henrique discutindo com Leandro no evento no clube. Em seguida, o lutador imobiliza o PM com um golpe de luta. Após se afastar, o policial saca a arma e atira no atleta. Depois se aproxima e chuta a cabeça da vítima, que está caída no chão. E foge, se escondendo numa casa de prostituição, onde ficou bebendo até se entregar à polícia. Animação PM que matou Leandro Lo disse que foi provocado e levou golpe de lutador antes de atirar A defesa de Henrique também quer exibir um vídeo que fez com o que entende que teria ocorrido. A animação mostra Leandro provocando e agredindo Henrique dentro da balada. Em seguida, o lutador agrede o PM, derrubando-o no chão. Na sequência, Leandro imobiliza o policial com um "mata-leão" até o tenente perder a consciência. Na sequência, ele se levanta e pede para o lutador parar. Mas o atleta avança na direção do policial, que sacou a arma como advertência. Nisso, um dos cinco amigos do lutador tentou tirar a arma da mão do agente, e ela disparou, atingindo Leandro. As duas filmagens foram exibidas nas redes sociais ligadas a Leandro e Henrique. PM é reintegrado O ex-policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, preso por ter matado o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, em agosto de 2022. Reprodução/Instagram/TV Globo Em outubro deste ano, a Justiça comum atendeu pedido da defesa de Henrique e anulou a decisão do governo de São Paulo, que havia demitido o PM, deixando de pagar os salários dele. Além de ser reincorporado à corporação, ele voltou a receber os pagamentos mensais de mais de R$ 14 mil. Sobre essa decisão judicial, a SSP informou que "até o momento o Estado não foi intimado a respeito." Também por nota, a PM respondeu que "não comenta decisões judiciais". Leandro foi campeão mundial de jiu-jítsu por oito vezes. A última conquista, na categoria meio-pesado, foi em 2022, a primeira em 2012, na categoria peso-leve. Nas redes sociais, ele narra os dois títulos como “as duas conquistas mais importante da carreira”. .

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/11/12/apos-3-anos-e-dois-adiamentos-ex-pm-que-baleou-e-matou-campeao-de-jiu-jitsu-leandro-lo-vai-a-juri.ghtml


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