Concluir o ensino médio e ir para a universidade: muitos desafios e ansiedade
22/10/2025
(Foto: Reprodução) Rodas de conversa abertas à população discutem temas sobre vida, conflitos, saúde, entre outros. Esta, promovida na Biblioteca Sinhá Junqueira foi coordenada pelo Ambulatório de Luto do curso
Crédito: DICom Unaerp
O fim do ensino médio é um momento de grandes transformações para os jovens, é o encerramento de uma fase da vida que costuma vir com uma série de escolhas e cobranças. Tais dúvidas geralmente são acompanhadas por estresse e ansiedade que precisam de atenção.
De acordo com o professor Matheus Mattioli, coordenador do curso de Psicologia da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), essa fase é marcada por questionamentos e pressões, especialmente relacionadas à escolha da profissão e ao vestibular.
“É quando o jovem precisa escolher uma profissão e prestar um vestibular, ele vai lidar com várias expectativas (...) Tudo isso gera a sensação de que ele precisa da ‘resposta certa’ para a vida”, explica o professor Matheus Mattioli.
O psicólogo Matheus Dal´Acqua, formado na Unaerp, conta sobre sua ansiedade e estresse na época do vestibular que o levou a procurar terapia e mudar de opção de curso (Vídeo: TV Unaerp)
O peso das expectativas e mudanças de rotina
Segundo Mattioli, a ideia de que a escolha profissional precisa ser definitiva aumenta a ansiedade. Muitos jovens sentem que devem atender aos desejos da família de cursos que os pais fizeram ou sempre desejaram fazer, e até mesmo em seguir carreiras que são valorizadas socialmente.
Complementa com os estereótipos de profissões “que são feitas” para homens ou para mulheres que ainda são propagados pela sociedade.
“O jovem querendo satisfazer esse desejo dos outros acaba deixando de lado o próprio desejo. Isso pode trazer insegurança e até mesmo sofrimento emocional”, afirma.
Além do peso da escolha da profissão, a transição para a vida universitária traz outro desafio: a mudança de rotina. Sair da casa dos pais, mudar de cidade, se afastar de amigos e enfrentar um ambiente novo pode intensificar a ansiedade.
Para o especialista, esse sentimento não significa fraqueza, mas trata-se de algo normal e que se manifesta como uma forma de proteção, pois é um momento no qual o jovem está perdendo as referências que lhe davam segurança.
“Muitas vezes aquele ‘frio na barriga’, aquele aperto no peito, vai fazer parte dessa travessia. O importante é que o jovem precisa ter em mente que essa ansiedade, muitos chamam isso de uma angústia, não significa uma fraqueza, mas é um sinal de que alguma coisa importante está acontecendo e ele precisa estar atento a essas mudanças”, destaca.
Atividades como brincadeiras em grupo, pinturas coletivas e rodas de conversa são algumas dos serviços prestados pelo curso para orientar e acolher pais e crianças da comunidade que buscam auxílio na Clínica-escola de Psicologia da Unaerp
Crédito: DICom Unaerp
Estresse e ansiedade são normais, mas precisam de atenção
Mattioli alerta para sinais de que o estresse e a ansiedade podem estar passando do limite, como dificuldade para dormir e se alimentar, isolamento, irritação constante, crises de choro e sensação de incapacidade.
Nesse momento, o psicólogo orienta que o jovem deve procurar ajuda que pode vir dos pais, familiares, amigos, professores e profissionais de saúde mental. O importante é dividir o que estão sentindo, conversar um pouco.
“É o momento em que eles escutam que não precisam carregar tudo sozinhos, eles podem dividir com o outro esse momento que estão vivendo”, explica.
O apoio dos pais e das instituições de ensino é essencial. E lembra que muitas universidades oferecem orientação e apoio psicológico, que podem servir de aliados nesse período.
Conferências e palestras sobre temas como “Empatia” e outros são apresentadas aos alunos no Teatro Bassano Vaccarini
Crédito: DICom Unaerp
Mas como lidar com tudo isso?
O professor explica que não existe nenhuma “receita mágica” para enfrentar o estresse e a ansiedade nesse período de vestibular, escolhas e mudanças, mas alguns hábitos podem ajudar a amenizar o peso:
Manter uma rotina de estudos com pausas,
Priorizar o sono,
Cuidar da alimentação,
Reservar tempo para atividades de lazer,
Praticar exercícios físicos, que beneficiam corpo e mente,
Conversar sobre as angústias com pessoas de confiança,
Registrar pensamentos no papel também ajudam a organizar ideias.
Por fim, ele reforça que a escolha profissional não precisa ser encarada como definitiva.
“Eu penso que a vida permite constantemente mudanças de caminho, e isso não é fraqueza. São ressignificações e novas construções”, conclui.
O coordenador do curso de Psicologia da Unaerp, professor doutor Matheus Mattioli, fala sobre a profissão, a importância do atendimento psicológico na atualidade e a proposta do curso da Unaerp (Vídeo: TV Unaerp)
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