Médico reafirma à Justiça que mãe matou professora com veneno em Ribeirão Preto

  • 14/10/2025
(Foto: Reprodução)
Em depoimento, médico culpa mãe por morte de esposa envenenada em Ribeirão Preto,SP O médico Luiz Antonio Garnica manteve nesta terça-feira (14), em audiência de instrução na Justiça, a acusação contra a mãe, Elizabete Arrabaça, pela morte por envenenamento da professora de pilates Larissa Rodrigues, em Ribeirão Preto (SP), em março deste ano. Réu com a mãe no processo, Garnica negou participação no crime e acusou a mãe não só pela morte da mulher como também da irmã, Nathalia Garnica, que morreu um mês antes da professora, também com chumbinho no organismo. Segundo o promotor de Justiça, Marcos Túlio Nicolino, Garnica deixou o entendimento de que a mãe agiu motivada por questões financeiras e chegou a mencionar um suposto furto de R$ 100 mil dele para reforçar o argumento de que ela agia por ganância. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Ele diz que foi a mãe que fez isso com a Larissa, fez também com a irmã, e dá a entender que foi uma conotação financeira, porque, com a morte da irmã, principalmente a Elizabete seria herdeira. Inclusive, Luiz acusa a mãe de ter furtado R$ 100 mil que ele tinha em espécie dentro do apartamento dele que, segundo ele, era produto de consultas médicas por ele realizadas", afirmou o representante do Ministério Público. Luiz Antônio Garnica, Larissa Rodrigues, Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP Reprodução/g1 Garnica e Elizabete foram ouvidos durante o último dia de audiência de instrução do caso, antes do parecer do juiz, que pode definir pela pronúncia ou absolvição dos réus. O médico e a mãe respondem por feminicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e estão presos desde maio. Além deles, foram ouvidas testemunhas, entre elas o pai de Garnica, Antônio Luiz Garnica, que se referiu a Elizabete como uma pessoa materialista ao lembrar do período em que foi casado com ela. "O pai do Garnica falou da relação tumultuada que tinha com a Elizabete, um casamento de 17 anos, que Elizabete sempre foi perdulária, que gastava quase que todo o dinheiro dele, que sempre foi uma mulher gananciosa e materialista." Luiz Antônio Garnica e a mãe, Elizabete Arrabaça, estão presos por suspeita de matar a professora Larissa Rodrigues em Ribeirão Preto, SP Reprodução/EPTV Elizabete nega envolvimento e contesta carta Também ouvida nesta terça-feira, Elizabete Arrabaça negou qualquer envolvimento com a morte da nora e desqualificou as alegações feitas por ela, em uma carta enviada da prisão em 31 de maio. Na carta, a acusada mencionava que a vítima havia morrido após tomar um remédio que estava com veneno de rato na noite anterior à morte. Ela dizia que nem ela nem Larissa sabiam que a substância estava na medicação para a dor do estômago que haviam tomado. "Ela nega o crime, como ela já vinha negando, inclusive diz que a carta que ela escreveu foi em um momento de extrema debilidade, que ela não confirma os termos daquela carta", disse o promotor. Médico réu por morte de esposa envenenada coloca culpa do crime na mãe em Ribeirão Preto LEIA TAMBÉM Justiça ouve amante de médico acusado de matar esposa envenenada e legista em Ribeirão Preto, SP Marido e sogra viram réus por morte de professora envenenada em Ribeirão Preto, SP Sopa envenenada, obsessão por amante e interesse financeiro: as acusações do MP contra marido e sogra de professora assassinada Irmã de médico suspeito de matar esposa envenenada também morreu após ingerir chumbinho, confirma IML Professora morreu após tomar remédio com veneno de rato, diz sogra suspeita em carta Segundo o advogado de defesa dela, Bruno Corrêa, Elizabete falou à Justiça por pouco mais de uma hora. Ele reiterou que, ao contrário de Garnica, ela não tinha interesse algum na morte de Larissa e que a acusação feita pelo filho foi um "ato de desespero". "Muitos desencontros na fala dele. Então a única alternativa dele é querer imputar essa morte à mãe, para tentar a liberdade dele. (...) É muito fácil querer imputar fatos negativos à mãe para por na conta dela essa morte da Larissa, sendo que ela não tinha interesse nenhum na morte da Larissa, muito pelo contrário: a única pessoa que poderia ter algum interesse, porque ele tinha uma amante, até então ninguém sabia, pelo menos não era público, era ele." Corpos de Nathalia Garnica e Larissa Rodrigues estão sepultados no mesmo túmulo, em Pontal (SP). Reprodução/EPTV Promotor vê contradições e reforça acusação Para o Ministério Público, que defende a indicação dos réus para o tribunal do júri, os depoimentos dos réus foram marcados por contradições e reforçaram o entendimento anterior da acusação de que Luiz Garnica planejou e a mãe, já envolvida com a morte da filha, executou o crime, ao envenenar Larissa. "Elizabete, com a morte da filha, vamos dizer assim, adquiriu experiência nesse tipo de procedimento maligno e acabou usando esse mesmo procedimento em relação a Larissa para beneficiar o filho, que tinha como escopo remover a Larissa como obstáculo, porque ele queria assumir a amante, e pela questão financeira também", afirmou Nicolino. O promotor de Justiça do caso Joaquim, Marcus Túlio Nicolino Reprodução/EPTV Investigação aponta motivação financeira e uso de veneno Larissa Rodrigues, de 37 anos, foi encontrada morta no apartamento em que vivia com Garnica na manhã de 22 de março, no Jardim Botânico, zona sul da cidade. Exames detectaram a presença de chumbinho no organismo da vítima. A investigação afirma que, no início de março, Larissa havia descoberto que o marido mantinha uma relação extraconjugal. A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que a professora começou a ser envenenada pela sogra, a mando do filho, para evitar uma partilha de bens. Tanto Garnica quanto Elizabete estavam endividados e tinham interesse em manter o patrimônio nas mãos do médico em caso do divórcio dele. Segundo o MP, em algumas ocasiões, Garnica chegou a buscar a sopa envenenada preparada pela mãe para oferecê-la à esposa. Além disso, ele medicou Larissa em pelo menos duas ocasiões com substâncias providenciadas pela mãe, sem que a vítima soubesse o que estava ingerindo. Na véspera da morte, Garnica entrou em contato com a mãe, que esteve no apartamento da nora por cerca de quatro horas. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/10/14/a-justica-medico-mantem-acusacao-contra-a-mae-por-matar-professora-envenenada-em-ribeirao-preto-sp.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. Sinônimos

Chitãozinho & Xororó, Ana Castela

top2
2. Moletom

Luan Pereira ft. Gustavo Mioto

top3
3. Estou Apaixonado

Daniel 40 Anos: Celebra João Paulo & Daniel

top4
4. Pátio do Posto

Zé Neto e Cristiano

top5
5. Saudade Atemporal

Rionegro & Solimões part. Henrique & Juliano

Anunciantes