Preços de legumes e frutas sobem até 30% em setembro por conta de estiagem, aponta levantamento do Ceasa Campinas
16/09/2025
(Foto: Reprodução) Estiagem e altas temperaturas impactam preço do hortifruti em setembro, diz Ceasa Campinas
Um levantamento do Ceasa de Campinas mostra aumento médio de 5,1% no preço de frutas, verduras e legumes, entre os dias 8 e 15 de setembro. O maracujá azedo chegou a ter alta de 30%.
Entre os principais motivos para a alta estão clima seco e altas temperaturas, que impactam diretamente a produção agrícola, reduzindo a oferta e elevando os valores no mercado.
"O clima é um fator preponderante na produção de alimentos, junto com o solo, com água. Ele pode prejudicar a qualidade de alguns tubérculos quando esquenta e pode afetar a maturação de alguns produtos e atrasar a colheita", explica Sebastião Guerra, técnico-especialista do Ceasa-Campinas.
Veja abaixo os hortifruti que estavam em baixa e tiveram alta na última semana.
🥒Legumes
De acordo com o monitoramento, os maiores reajustes entre os legumes foram da vagem macarrão (+27,3%), que passou a custar R$ 10,77/kg, e do chuchu (+27,3%), vendido a R$ 3,50/kg.
"O chuchu está tendo muito prejuízo na formação de frutos por conta do calor e do clima seco. Já a vagem diminuiu bastante a oferta no mercado", explicou Paulo Palma, técnico de Mercado e Agricultura da Ceasa Campinas.
Veja abaixo a lista dos legumes que sofreram alta, segundo o levantamento.
vagem macarrão: +27,3% (R$ 10,77/kg)
chuchu: +27,3% (R$ 3,50/kg)
tomate Débora: +21,4% (R$ 4,25/kg)
abobrinha brasileira: +8,0% (R$ 4,44/kg)
Os comerciantes sentem no bolso. É o caso de Nivado Kinjo, comerciante.
"O chuchu é outro item que depende basicamente de água. E com essas secas que a gente vem sentindo aí nos meses, o chuchu teve o seu preço bem elevado, né? Mas é compreensível. Devido à falta de água mesmo", conta Kinjo.
Cláudia Oya tenta deixar as frutas e legumes bem tratados, para não murcharem.
"É muito quente, a gente perde os legumes muito rápido, murcha com muita facilidade. Então, a gente tem que tomar bastante cuidado, deixar sempre bem tratado. E as frutas também, qualquer coisinha bate, ela já murcha", comenta a comerciante Cláudia Oya.
Entre os tubérculos, o destaque da alta vai para a batata doce, que também subiu 27%.
🍊Frutas
O levantamento ainda aponta que as frutas nacionais tiveram alta média de 3,2%, puxadas pelo maracujá azedo, que subiu 30% para R$ 11,82/kg devido à baixa oferta.
Confira as principais altas nos preços das frutas:
maracujá azedo: + 30% (R$ 11,82/kg)
laranja pera: +16,7% (R$ 3,50/kg)
uva niagara: +9,1% (R$ 12,00/kg)
limão taiti: +8,3% (R$ 6,50/kg)
banana nanica: +6,7% (R$ 4,00/kg)
"O limão taiti está na entressafra, aumentando semana a semana. A banana nanica também subiu 6,7% devido à pouca oferta e maior demanda pelo aumento das temperaturas”, explicou Palma.
Na contramão, o morango caiu 10%, custando agora R$ 15,00/kg, devido à abundância do produto no mercado.
Maracujá azedo, vagem macarrão e chuchu estão entre hortifruti com maior alta nos preços
Divulgação
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